12 de janeiro de 2015

Meu Cabelo Duro,simbolo da resistencia

Salve!
Por muitos anos,mantive uma guerra estética com meu cabelo por um motivo fútil demais: me enquadrar na sociedade,porém o negro nunca será parte igualitária de uma sociedade racista,nem mesmo se ele concordar com as regras impostas por esse sistema,o negro não é aceito,nós somos tolerados,como afirmou o historiador Joel Rufino dos Santos em uma entrevista a Globo News e posso completar dizendo que muitos de nós ainda são escravizados psicologicamente.
Hoje em dia,todo mundo quer ser black,querem usar tranças,turbantes,balangandãs,cabelo armandão,entretanto são poucos,posso dizer menos da minoria enxergam o estilo afro como expressão e reivindicação do nosso espaço e direito,há carência de cultura e conhecimento para desencadear e expandir os horizontes de nossos "neguins",o que fazem seguir tendência sem a compreensão do estilo.
Antes mesmo do nosso amado Black Power(cabelo)ser reconhecido,nasceu o Black Power(movimento)nos meados dos nos 60 até 70,que buscavam a amplitude dos direitos civis dos afro-americanos,com o movimento o punho negro erguido e o cabelo blackão tornaram-se marca registrada da manifestação,nos principais pontos do mundo.
Em uma pesquisa,encontrei algo emocionante:
 "...A atriz Zezé Mota conta que, em visita àquele país(EUA), na época, deparou com os negros usando cabelo natural, voltou para o hotel e enfiou correndo a cabeça debaixo do chuveiro e sentiu como se fosse uma libertação..."
Informação retirada da revista Raça Brasil
 O cabelo natural é mais que estético,ele esta além das tendências e ditaduras da moda,ele inspira libertação e reflete ancestralidade e a luta do nosso povo,alisa-lo é renegar tudo o que nossos antepassados fizeram para estarmos aqui,o cabelo negro é bem mais que simples cabelo,é a nossa marca,a herança do passado,para a luta presente e para a liberdade futura.
Odabo!
Evy Gonçalves


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