15 de janeiro de 2015

BRASIL:Fluxo da migração africana

Nos últimos tempos, a situação dos imigrantes africanos no Brasil obteve algum espaço na mídia brasileira, infelizmente, o destaque não por algo bom e sim sobre o tratamento desumano que é dado aos africanos em pleno solo brasileiro. A pesar de o Brasil ser mais "acolhedor" que muitos países do mundo, a xenofobia e as demonstrações de racismo, como o preconceito contra os africanos no transporte público e por parte dos órgãos de segurança são frequentes.
A presença africana no Brasil começa de uma forma triste na historia a partir do século XVI. As levas de escravos que chegaram ao País são consideradas um movimento migratório, apesar de forçado, prioritariamente pessoas de países como Angola, Guiné, Benin, Nigéria e Moçambique. O ápice do tráfico negreiro ocorreu em 1845 e, estima-se que tenham vindo em torno de cinco milhões africanos para o país. Os africanos tiveram, nesse período, colaboração fundamental para o desenvolvimento econômico brasileiro pelo trabalho em engenhos de açúcar, fazendas de criação, plantações de algodão e fazendas de café.
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   Atualmente, de acordo com dados da Policia federal a migração africana no Brasil aumenta 30 vezes entre 2000 e 2012. Sendo palco dos maiores eventos esportivos do mundo nesta década, o Brasil não só concentrou a atenção de órgãos internacionais e de grandes investidores, mas também se fortaleceu como destino das tradicionais rotas de migração do continente africano. O Brasil passou a ser visto pelos africanos de lugares mais pobres como "o país do futuro e dos sonhos" e um destino "mais atraente" em termos de fácil receita e direito. 
Os africanos vieram ao Brasil por diversos motivos, seja a procura de trabalho, a procura da proteção do Estado brasileiro, no caso dos refugiados ou aqueles que vieram estudar nas universidades brasileiras seja por meio dos acordos de cooperação ou os que vieram por conta própria.
O relatório da PF diz que, em 2000, viviam no Brasil 1.054 africanos regularizados de 38 nacionalidades, mas o número saltou em 12 anos para 31.866 cidadãos legalizados provenientes de 48 das 54 nações do continente. A maioria das rotas de imigração é por via aérea. Outras são pelo mar e, em alguns casos, há quem vá primeiro a países da fronteira norte para depois fazer a travessia para o território brasileiro por terra.
O abrigo da pastoral em São Paulo recebe imigrantes desde 1978, em 90% dos casos estrangeiros e com status de refugiados, antes havia predominância de latino-americanos e, agora, de africanos e haitianos. A maioria dos africanos, segundo a PF, é de países lusófonos, como Angola e Cabo Verde, com 11.027 e 4.257 cidadãos respectivamente até 2012 - ano dos dados consolidados mais recentes - seguidos pela Nigéria, com 3.072 imigrantes que regularizaram sua situação.

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Imigrantes africanos se queixam que, mesmo qualificados, têm dificuldade para conseguir bons empregos no Brasil. As empresas “Não imaginam que o africano tem essa qualificação, que o haitiano tem essa qualificação”, ressalta a diretora do Instituto da Diáspora Africana no Brasil (IDAB), Carmen Victor da Silva. A organização não governamental busca dar apoio a imigrantes que chegam ao país.
A visão estereotipada dos países africanos e o preconceito são algumas das razões para que as empresas não abram espaço em postos qualificados para africanos, imigrantes latinos ou africanos, sempre são contratados como mão de obra braçal, não intelectual. 
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Somos ou não somos o país do futuro, hospitaleiro e desejável?
“É preciso reconhecer que o preconceito faz parte das relações humanas e é por isso que todo o debate dessa questão migratória tem que ser calcado no afastamento e enfrentamento da xenofobia”, disse o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, admitindo que o problema é presente e deverá ser enfrentado na mudança da lei que regulamenta os direitos dos estrangeiros.
O regime escravocrata foi apenas um trágico capítulo da importante e rica influência dos elementos africanos sobre cultura brasileira. Os negros são um elemento fundamental da comentada mestiçagem do povo brasileiro, são parte integrante da herança genética e cultural do País, em uma relação cujos elementos fazem-se presentes em diversos setores e influenciando em diversas áreas: linguagem, culinária, música e dança.
Precisamos para de ter preconceitos e perceber que o Brasil é um pais de  uma grande mistura de raças e cores, observar que temos uma densidade populacional baixa e gigantescas áreas vazias e inexploradas que poderiam se habitadas por mais gente gerando riqueza para todos. Somos um país de imigrantes. 
Qualquer pessoa que queira ser brasileira deveria ser e tratada como tal! 
 Jane Teixeira





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